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Em Encontro da Agricultura Familiar prefeito defende mais desenvolvimento pra região nordeste

Confira a íntegra do discurso:

(Após os cumprimentos aos presentes). Precisamos de um estreitamento maior com as secretarias de agriculturas dos municípios, assim como precisamos também de uma equipe, junto com a CAR e com o SETAF para que tenhamos capacidade de efetividade e assistência maior junto ao agricultor, ao prefeito, ao secretário. Porque recursos nós não temos. Agente aqui como gestor sabe muito bem que a secretaria de agricultura é uma secretaria que não tem orçamento carimbado como saúde, como educação, como assistência social com os programas que já vem direcionados pelo Governo Federal e Estadual.

Mas temos hoje uma realidade. Que é a realidade de sofrimento do nordestino, do catingueiro que é o povo do nosso Nordeste. Estamos vivendo, o que pra mim é a maior seca dos últimos anos, porque não pegamos apenas o período do verão sem chover, pegamos também o inverno, onde regiões produtoras de milho como Adustina, como Jeremoabo, como Ribeira do Pombal, que são cidades produtoras de grãos não tiveram sua produção. Isso também atinge a produção de mel, como aqui em Ribeira do Pombal que é o maior produtor de mel do Brasil e também nossa região como maior produtora de Castanha de Caju, que também não está produzindo.

Se você vem pra bacia leiteira, dentro de nossa região estamos tendo as perdas, novamente, do rebanho que ocorreu em 2012 e 2013. Começamos a engatinhar, ao repor esse rebanho começando a estruturar. Mas um rebanho não se faz do dia pra noite, principalmente o agricultor pobre que espera comprar uma vaquinha, comprar um boizinho melhor par nascer uma vaquinha melhor ainda de leite pra ela produzir. Então agente tem sequelas ainda de 2012 e 2013 que se estendem até hoje. Precisamos de urgência ao ajudar o homem do campo a conviver; por isso precisamos de programas efetivos na Agricultura Familiar, como pequenos sistemas de irrigação em parceria do município com o governo do Estado trazendo essas irrigações ao pequeno produtor, que a partir daí vai começar a fornecer como agricultor familiar, para nós que somos obrigados a colocar 30% da Agricultura Familiar no PNAE. Pombal hoje já tá em 50% mas a ideia nossa é atingir 100% desse recurso pra Agricultura Familiar, que é a compra do alimento (pra merenda escolar) ao agricultor.

Mas pra tudo isso, precisamos não apenas do recurso. Nossos municípios podem, cada um, destinar aqui 100 mil, 200 mil, 50 mil reais de acordo com sua receita anual, mas precisamos de equipe técnica; precisamos de uma efetividade maior. Sabemos que temos nossos secretários todos bem-intencionados e bem preparados, mas se eles não tiverem uma equipe pra cobrar e acompanhar, pra juntos buscar as associações, que muitas tem o histórico de uma vida inteira e as vezes recebe um trator, não por uma questão técnica produtiva, mas sim por uma questão política. Que agente busque essas associações para juntos, não cobrar dos associados, mas sim firmar parcerias como já temos aqui em Ribeira do Pombal de aração de terras pra todo agricultor. Então precisamos sim de um acompanhamento mais técnico.

Pra finalizar quero dizer a meus colegas prefeitos e prefeitas, uns que se elegeram agora, outros voltaram a ser prefeito, que o que nós temos em comum é o sofrimento do nosso povo, a cobrança da sociedade, a cobrança do Judiciário e do Poder Legislativo. Mas o que mais temos em comum é nossa união. Uma união que sabemos que vai trazer desenvolvimento pra essa região. Como é o Sul, que continue desenvolvido; como é o Oeste que se transformou num grande crescente depois de Luis Eduardo. Temos a região metropolitana que está sufocada de desenvolvimento, mas nós Norte e Nordeste da Bahia precisamos de um olhar mais profundo do Governo do Estado e do Governo Federal. Precisamos sim, nos dar as mãos, fazer um ciclo, uma corrente nossa, sem individualismo. Precisamos fazer uma corrente de união porque somos 400 mil habitantes num território de 60 km. Somo um milhão e duzentos mil habitantes entre 180 km de circunferência. Então somos muito fortes. Sertanejos fortes e persistentes que sobrevivem à seca. Lembro eu ouvi um prefeito da região de Itabuna dizer que nunca teve seca e agora que começou essa, não sabia o que fazer. Agora olhe quantas secas nós sobrevivemos. Quantas secas já passamos, levantamos a cabeça, sacodimos a poeira e enfrentamos as dificuldades. Então somos fortes, Wilson, mas precisamos de uma parceria muito próxima da CAR junto aos municípios. Muito Obrigado!!

 

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